WCAG: A Importância da Acessibilidade em UX
O papel do WCAG na acessibilidade em UX (User Experience) destaca-se como fundamental no atual mercado digital.
À medida que as tecnologias digitais se aceleram, a relevância da acessibilidade ganha destaque progressivamente. Dados da Organização Mundial de Saúde revelam mais de 1 bilhão de pessoas com deficiências no mundo, enquanto no Brasil, esse número alcança 45 milhões.
Diante deste cenário, torna-se imperativo incluir a variedade de necessidades dos usuários na criação de produtos digitais, abrangendo aqueles com deficiências permanentes, temporárias e situacionais.
O que é acessibilidade em UX?
A acessibilidade em UX se refere ao processo de criação de produtos digitais que todas as pessoas possam usar efetivamente, independentemente de suas habilidades ou limitações sensoriais. Busca-se proporcionar uma experiência percebida, entendida, navegada e interagida de maneira eficaz por todos.
Ao criar um produto digital acessível, os seguintes aspectos são considerados:
- Flexibilidade de uso: Adaptar o design para atender às necessidades e preferências de uma ampla gama de usuários.
- Informação de fácil percepção: Apresentar o conteúdo de maneira facilmente assimilável pelos usuários, levando em consideração suas habilidades sensoriais.
- Tolerância a erros: Minimizar erros no design e fornecer feedback eficaz para ajudar os usuários a corrigir e evitar erros.
- Uso intuitivo e simples: Oferecer um design claro, compreensível e fácil de usar, respeitando as capacidades linguísticas e cognitivas do usuário.
O que é WCAG e como ele contribui para acessibilidade?
WCAG, ou Web Content Accessibility Guidelines (Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web), consiste em um conjunto de recomendações que visam tornar o conteúdo web mais acessível, principalmente para pessoas com deficiências. O W3C, ou Consórcio da World Wide Web, uma comunidade internacional, cria essas diretrizes para desenvolver padrões abertos que asseguram o crescimento da Web.
Os quatro princípios fundamentais organizam as diretrizes WCAG, referidos pela sigla POUR: Perceptível, Operável, Compreensível e Robusto. Cada um deles tem um significado específico:
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Perceptível: Informações e componentes da interface do usuário devem ser apresentados aos usuários de maneiras que eles possam perceber. Isso significa que a informação não pode ser invisível para todos os sentidos do usuário.
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Operável: Componentes da interface do usuário e navegação devem ser operáveis. Isso se traduz em garantir que todos os usuários possam usar o sistema, não apenas aqueles que podem usar um mouse ou ver a tela.
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Compreensível: Informações e operação da interface do usuário devem ser compreensíveis. Em outras palavras, os usuários devem ser capazes de entender as informações bem como a operação da interface do usuário.
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Robusto: Conteúdo deve ser robusto o suficiente para ser interpretado confiavelmente por uma ampla variedade de agentes de usuário, incluindo tecnologias assistivas. Isso significa que o conteúdo deve funcionar com tecnologias atuais e futuras.
Estes princípios guiam a concepção e desenvolvimento de sites e ferramentas online, garantindo que sejam acessíveis a todos os usuários, independentemente de suas habilidades ou deficiências. As WCAG são uma referência global no que diz respeito à acessibilidade na web, e a sua aplicação ajuda a garantir uma experiência online mais inclusiva para todos os usuários.
Empresas que abraçam acessibilidade
Uma das empresas que merece destaque no quesito de acessibilidade é nosso cliente e parceiro – o PagSeguro.
Colaboramos com a empresa no desenvolvimento de uma inovação significativa para a inclusão.
Juntos, eles desenvolvemos uma película de acessibilidade que, quando aplicada nas máquinas de transações financeiras, auxilia pessoas com cegueira total ou deficiência visual no momento de digitar a senha do cartão.
Esta iniciativa exemplifica como as empresas podem, com a ajuda de tecnologias e abordagens voltadas para a acessibilidade, tornar os seus serviços mais inclusivos e abrangentes.
Em países como os Estados Unidos, onde a regulamentação é mais rígida, é possível processar empresas que não se adequem às normas com base na Americans With Disabilities Act, a lei estadunidense de acessibilidade.
Adicionalmente, pesquisas indicam que boas práticas de UX e UI podem impulsionar o lucro das empresas em 10%. Ambas as tendências provam ser extremamente eficazes para fidelizar clientes, já que são as áreas que moldam a experiência e interfaces de aplicações, sejam elas web, mobile, ou até serviços e processos.
Investir em acessibilidade em UX não é apenas uma questão ética, mas também um diferencial competitivo. Entre em contato com nossa equipe para entender como podemos ajudar a sua empresa a alcançar esses objetivos.